sábado, 25 de setembro de 2010

TRIO, COM ELA

Ouvi o meu homem dizer baixinho o meu nome, senti a sua proximidade nas minhas costas e, em seguida, a sua boca que depositou um beijo no meu ombro. Fechei os olhos e deitei a cabeça para trás, expondo o meu pescoço à sua boca que deslizou pela minha pele, humedecendo-a com beijos. Senti uma mão atravessar a minha cintura, aproximando-nos mais e uns dedos que subiram na direcção dos meus seios ainda cobertos por um sutiã de renda e pela t-shirt.
Xana afastou-se e deixou-se ficar sentada na cama de frente para mim, enquanto Henrique permanecia nas minhas costas. Olhei-a sorrindo e senti-me estremecer, mas ele não parou de me acariciar e, agarrando no meu rosto com uma mão, encostou os seus lábios aos meus, de forma suave, meiga, mas com a pressão certa para me fazer abrir os lábios e receber a sua língua, permitindo que se enrolasse na minha.
Se alguma dúvida tinha sobre como agir naquele momento, ela dissipou-se no mesmo instante. O meu corpo estava em fogo e o desejo corria célere nas veias. O corpo masculino apertava-se de encontro ao meu, fazendo-me sentir nas nádegas a pressão do seu membro excitado, enquanto a língua passeava de novo pelo meu pescoço e as mãos agarravam os meus seios, apertando-os. Ondulei o corpo para sentir ainda mais a força do seu desejo, até que me virei para ele e procurei os seus lábios com sofreguidão.
Enquanto isso, Xana observava-nos dos pés da cama, e sorriu-me quando viu que a olhava, fazendo um movimento de aprovação, com um olhar que revelava um desejo intenso.
Henrique puxou a minha t-shirt, retirando-a pela cabeça, enquanto deixava um rasto húmido na minha pele, provocado pela sua língua que seguia o movimento dos dedos. Rapidamente fiquei livre também do sutiã e os dentes dele mordiam ternamente a carne dos meus seios e a língua quente lambia os mamilos.
Chegando-se para a beira da cama, levou-me consigo e puxou o meu corpo para cima do seu, agarrando-me pelo rabo, com força, para que o sentisse. Tentei olhar de novo para Xana, mas já não a vi sentada. Apercebi-me, então, que estava junto de nós e se encostava a Henrique ajoelhada atrás das suas costas. Beijou-me nos lábios, um toque muito fugaz, e saiu da cama, sentando-se ela no maple do canto do quarto.
Não hesitei e deslizei os dedos pelo peito de Henrique, entrando pelos boxeurs na ânsia de sentir a sua carne quente e rija.
Puxou-me para fora da cama e, de pé, as suas mãos desceram para a minha saia, desapertando-a. Introduziu os dedos na minha tanga, sentindo a humidade do meu desejo e acariciando-me ternamente, em deliciosas massagens nos lábios do meu sexo.

– Estás molhadinha – disse-me ao ouvido.
– Estou louca de desejo, amor – respondi-lhe.

Ainda me arrepio só de recordar aqueles momentos. Foi uma noite diferente, especial, feita para o prazer, para que a luxúria me dominasse e apenas um corpo, repleto de desejo para ser aplacado, restasse naquele quarto, na companhia de outros dois, ansiosos pelos mesmos prazeres.
Não hesitei quando as mãos de Xana subiram pelas minhas coxas e apertaram a minha carne entre os seus dedos. Não hesitei quando senti o toque como seda dos seus dedos, na minha barriga e nos quadris, enquanto via Henrique tirar os boxeurs e aproximar-se de mim.
Começou por delinear os meus lábios com a ponta dos dedos e depositar beijos pela minha face, lábios e pescoço. Beijos suaves, delicados, que não tinham o condão de me acalmar o desejo, antes pelo contrário, o atiçavam cada vez mais.
Xana mantinha-se ainda a uma certa distância de nós, apenas observando, mas a última coisa que vi antes de fechar os olhos, foi a sua tanga a descer pelas coxas e a cair no chão e o seu corpo a surgir à luz ténue do candeeiro da mesa de cabeceira. Xana tem um corpo de formas tão femininas, tão perfeitas, o que a torna em alvo de admiração tanto por homens como por mulheres. Um corpo curvilíneo, de seios fartos e erguidos, ancas arredondadas e pernas altas bem torneadas.
Henrique, ajoelhado à minha frente, beijava-me as coxas, enquanto os seus dedos subiam por entre as pernas, até pressionarem a minha humidade e se insinuarem na minha carne tenra, acariciando o clítoris, apertando-o levemente, fazendo-o rolar entre as pontas dos dedos. Afastou-me as pernas, erguendo-me uma delas e colocando-a sobre o seu ombro, deixando o meu sexo à mercê da sua boca. Quase me desequilibrei quando senti a sua boca a apertar os lábios do meu sexo, e a língua a penetrar no meu recanto mais íntimo. Gemi e segurei-me nos seus ombros. A carícia dos seus dedos nas minhas nádegas, apertando-me de encontro ao seu rosto, da sua língua que lambia a minha humidade, dos dentes que mordiscavam ternamente a minha carne, estavam a levar-me à loucura.
Senti, então, o corpo de Xana encostar-se nas minhas costas, os seus seios cheios, cujos mamilos rijos se espetavam contra a minha carne, e os seus braços que me rodearam o corpo, aproximando as mãos dos meus seios que apertou, enquanto me beijava a nuca, resvalando a língua quente pela minha pele.
Foi assim o meu primeiro orgasmo dessa noite: perdida nos braços de ambos. A boca, língua, dentes e dedos de Henrique no meu sexo, as mãos de Xana nos meus seios e a sua boca na minha, enquanto as nossas línguas dançavam entrelaçadas.
Seguraram-me entre eles, enquanto me vim alucinadamente e depois, deixei-me cair no chão, por cima do tapete felpudo que parecia preparado para receber corpos em fogo como o meu estava naquele momento.
O descanso não durou mais do que alguns dois ou três minutos de cumplicidade silenciosa e sorrisos.
Logo reiniciámos… na cama.
[...]